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Aqui você terá oportunidade de conhecer um projeto que aborda a questão do uso de drogas, tendo a prevenção como elemento principal da sua ação.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Amor materno durante a infância previne doenças na meia-idade
Estresse na idade infantil pode levar a resíduos biológicos que aparecem a longo prazo

Adultos que tiveram uma infância marcada pelo amor materno apresentam um estado de saúde bem melhor do que aqueles que não desenvolveram uma relação íntima com as mães. A conclusão é de uma pesquisa da Universidade Brandeis, em Massachusetts (EUA). O estudo avaliou mil adultos para medir a relação entre condições socioeconômicas e doenças como diabetes, pressão alta e ataque cardíaco. Um segundo grupo formado por 1.200 pessoas supervisionadas nos últimos dez anos também foi considerado no acompanhamento médico. "O estresse na infância pode levar a resíduos biológicos que reaparecem na meia-idade", comenta a autora do estudo, a professora Margie Lachman. O amor maternal durante a idade infantil seria uma espécie de defesa contra doenças a longo prazo.

[Folha de S. Paulo (SP) – 26/01/2012]

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Lei do Sinase pretende esvaziar os estabelecimentos de privação da liberdade para adolescentes
No máximo 15% das 435 unidades que aplicam medidas socioeducativas estão adequados ao sistema

Em uma década, o número de jovens em conflito com a lei dobrou no Brasil: quase 20 mil adolescentes devem, a princípio, cumprir medida socioeducativa. No entanto, nem sempre isso ocorre da forma prevista. No lugar de atividades voltadas para a reinserção sóciocultural, esses jovens têm sido privados de liberdade em sistemas iguais ou piores que presídios comuns. Para estimular uma mudança, o Governo Federal sancionou a lei que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). O coordenador do programa Justiça ao Jovem, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Reinaldo Cintra, prevê ao menos dez anos para a reestruturação física das unidades. Segundo ele, atualmente, no máximo 15% dos 435 estabelecimentos estão adequados às normas do sistema. Luis Claudio Chaves, juiz da área da infância, considera o prazo de 90 dias suficiente. O vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ariel de Castro Alves ressalta como uma das vantagens da nova lei a possibilidade de cobrar dos gestores envolvidos.

[Correio Braziliense (DF) – 21/01/2012]

Juventude no vermelho e exposta ao consumismo
Compra por impulso, falta de informação e crédito fácil estimulam o consumismo e endividamento dos jovens brasileiros

Pesquisa Datafolha realizada em 2008 com 1341 jovens de 169 municípios brasileiros revelou que cerca de um quarto (26%) deles, de todas as classes sociais consideram-se "muito consumistas". Gastos com vestuário e calçados estão no topo da lista de prioridades desse público, e que 61% consomem a maior parte de sua renda — recebida dos pais — com itens de marca. Além dos gastos com vestuário, os celulares e festas também consomem parte da renda dos adolescentes. Para o professor de educação financeira da BM&FBovespa, José Alberto Filho, os próprios pais precisam se conscientizar da mudança de comportamento, pois a tendência é que os filhos repitam esse modo de agir. A urgência de educação financeira para os brasileiros é tanta que o governo federal formulou no ano passado decreto que institui a Estratégia Nacional de Educação Financeira. Um dos principais pontos da medida é a inclusão de aulas sobre o assunto nas escolas públicas. O projeto piloto foi instalado em cinco estados e no DF.

Bombardeio consumista – Do outro lado do cabo de força que travam aqueles que estabelecem programas de educação para jovens estão os fabricantes e anunciantes de produtos infantis. Segundo Lais Fontenelle Pereira, do Instituto Alana, a TV infantil tem um anúncio a cada dois minutos, o que é preocupante uma vez que as crianças passam mais tempo assistindo ao aparelho do que na escola. Ela afirma também que 65% das meninas exploradas sexualmente usam o dinheiro para bens de consumo.

[Revista Carta Capital, Elenita Fogaça, Tory Oliveira, – 21/01/2012]


Reunião de Planejamento 2012 - Projeto VIDA




sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sancionado o sistema que prioriza a reinserção sociocultural de adolescentes em conflito com a lei
Objetivo do Sinase é afastar o jovem da condição de violência

A lei que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) foi publicada ontem (19) no Diário Oficial da União, estabelecendo um conjunto de regras e princípios que regulamentam as medidas socioeducativas para adolescentes em conflito com a lei. Até agora, o sistema funcionava por meio de uma resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Uma das inovações que a lei introduz é a de que o adolescente internado terá direito a visita íntima, desde que ele comprove união estável ou seja casado. Outra previsão é a de que seus filhos entre zero e cinco anos terão atendimento garantido em creches e pré-escolas. Para a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, o sistema traz como princípios essenciais: fazer com que adolescentes que tenham cometido infrações menores não convivam com outros que tenham praticado atos mais graves; e pulverizar ainda mais as unidades de internação. Segundo Maria do Rosário, as autoridades serão chamadas a discutir os planos municipais, estaduais e federal para estruturar o cumprimento das medidas.

[A notícia foi publicada nos principais jornais do País – 20/01/2012] www.andi.org.br

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Adolescentes aliciados pelo tráfico
O resultado é uma média de 36,6 mortes de adolescentes na faixa de 12 a 17 anos por crimes violentos

O perfil de jovens em conflito com a Lei revela fatores sociais recorrentes entre eles: a falta de estrutura familiar e de informação, acompanhadas do abandono escolar e do envolvimento com substâncias químicas. E mais um traço comum é que eles não demonstram arrependimento. Esse contexto social é o que precede, muitas vezes, a prática de atos infracionais como o roubo e tráfico de drogas. O relatório Situação da Adolescência Brasileira, divulgado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), analisou as condições de meninos e meninas entre 12 e 17 anos e aponta a desigualdade social a que estão expostos. No Distrito Federal, há 261.491 nessa faixa etária (10,2% da população), dos quais apenas 0,9% trabalhava e 4,1% não estudavam e não trabalhavam em 2009. O resultado é uma média de 36,6 mortes de adolescentes nessa faixa etária, por crimes violentos. Para o especialista Ariel de Castro, os programas na área social e de inclusão não atingem os jovens que mais necessitam de proteção. Ele afirma que se o poder público não inclui o jovem na sociedade, o crime organizado o faz.

[Correio Braziliense (DF), Mara Puljiz – 05/01/2012] - Fonte: www.andi.org.br